Há alguns alimentos tão caros que só conseguimos comer uma vez na vida ou em situações muito específicas, como grandes eventos - a não ser que sejas rico e não te importes de gastar parte da tua fortuna com eles. O elevado preço deve-se ao facto de serem produzidos em pouca quantidade ou à sua requintada qualidade.
O jornal espanhol El País fez uma lista com os alimentos mais caros do mundo e pediu à chef María Marte, do El Club Allard, um restaurante com duas estrelas Michelin em Madrid, Espanha, para explicar este fenómeno.
"Em alguns casos é o sabor ou o aroma que fazem com que sejam produtos altamente solicitados. Claro que a sua exclusividade e difícil obtenção elevam o preço. E se tiveres em conta que às vezes têm algumas propriedades ou nutrientes originais, isso também vai fazer com que fiquem mais caros à medida que a quantidade aumente", explicou a chef María Marte ao El País.
Açafrão espanhol:
É o tempero mais caro do planeta e Espanha é o maior produtor mundial, juntamente com o Irão. Quem o produz chega a receber 2,200€ por cada quilo, mas há intermediários que o vendem a 10 mil euros por quilo, segundo Manuel Navarro Córcoles, presidente da Associação Espanhola de Açafrão. É muito apreciado pelo sabor, cheiro e capacidade de tornar a restante comida amarela.
Melão Yubari King:
Yubari é uma cidade localizada na ilha japonesa de Hokkaido e é lá que é cultivado o melão mais caro do mundo. Tocar num deles pode custar cerca de três euros em alguns mercados. Os primeiros de cada colheita costumam ir a leilão e chegar a custar mais de 20 mil euros. São cultivados por centenas de agricultores da ilha japonesa, que seguem um rigoroso método de irrigação estudado matematicamente e que tem sido mantido em segredo.
Ninhos de andorinhão-preto:
Estas aves são semelhantes às andorinhas comuns, mas têm como habitat apenas alguns países asiáticos e constroem os ninhos com a própria saliva. De acordo com o site Inside Indonesia, um prato de sopa com partes deste ninho pode chegar aos 20 euros. Os chineses descobriram que, na sopa, esta substância cria uma textura gelatinosa rica em proteínas.
Presunto ecológico de Huelva:
Tornou-se um dos alimentos mais preciosos em todo o mundo. É feito a partir de Manchados de Jabugo, uma espécie em extinção 'única no mundo'. Um pedaço pode chegar a custar 4100 euros.
Caviar de Almas:
As ovas de estrjão, um peixe muito antigo que pode ser encontrado em rios e lagos naturais da Europa Oriental e na Ásia Central, são removidas e salgadas antes da fertilização. Uma lata de 10 gramas custa cerca de 70 euros.
Vinagre balsâmico de Modena:
É feito na região indiana de Modena e muito apreciado pelo seu sabor intenso, que consegue manter um equilíbrio entre o doce e o ácido. Um frasco de 100 ml deste vinagre balsâmico envelhecido em barril durante 25 anos custa 73 euros na loja do Consorzio Produttori Antiche Acetaie, a agência que controla a qualidade do balsâmico tradicional de Modena. Enquanto um vinagre balsâmico normal apenas precisa de ficar dois meses armazenado num barril, este precisa de pelo menos 12 anos.
Trufas brancas:
Crescem em Piemonte, uma floresta a norte de Itália, apenas entre os meses de setembro e dezembro. A colheita de 2015 foi de excelente qualidade, mas escassa e, por isso, o preço atual ronda os 300 e 400 euros por cada 100 gramas.
Café civeta:
É produzido na Indonésia e extraído das fezes de um animal: o civeta. Cada quilo custa cerca de 200 euros.
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