sexta-feira, 4 de outubro de 2019

HMS Terror, o navio onde a tripulação praticou canibalismo

O HMS Terror partiu da Inglaterra, em 1845, rumo a uma mansão histórica, que nunca chegou a ser concretizada. Sob o comando de John Franklin, um veterano das Guerras Napoleónicas, os navegadores tinham um único objetivo: explorar o Árctico até encontrar a alusiva Passagem do Noroeste. No entanto, a missão foi por água a baixo (literalmente), quando o lendário navio afundou no Canadá.

O navio foi avistado, pela última vez, em 1845, logo depois de ter saído. A tal expedição no Árctico terminou com a morte de todos os 128 homens da sua tripulação. Surpreendentemente, eles morreram antes mesmo de completar um quinto do caminho. Posteriormente, depois de cinco anos, em 1850, é que 11 navios britânicos e 2 americanos encontraram os primeiros vestígios da expedição que afundou. Nos anos seguintes, exploradores encontraram objetos dos marinheiros e ouviram relatos de Inuítes, que afirmavam terem testemunhado o acidente. No entanto, maiores detalhes do naufrágio só foram revelados, muito tempo depois. Uma segunda expedição, feita na década de 1980, começou a revelar o verdadeiro horror que foi essa viagem. Resumindo, a tripulação faminta chegou-se a devorar a si própria até morrer de fome e frio.


O NAVIO
Em síntese, a trágica expedição do navio HMS Terror terminou com a morte de toda a sua tripulação, em 1845. Mas os detalhes da tragédia ainda estão a ser revelados até hoje. Recentemente, foram apresentadas novas informações sobre o que realmente aconteceu com o navio. 

Segundo informações de agências internacionais, exploradores especialistas usaram uma embarcação, guiada remotamente, para analisar os destroços do navio. Eles conseguiram observar 20 cabines noutros compartimentos da embarcação. 

E as fotos e imagens, registadas nessa expedição, revelaram que, mesmo depois de mais de um século, o navio permanece relativamente conservado, no meio das águas geladas do Terro Bay, na província canadense de Nunavut. Todo o gelo e o iodo preservaram vários artefatos, como mapas e toras. Grande parte dos móveis também permaneceram intatos, por todos estes anos.

"A impressão que testemunhamos quando exploramos o HMS Terror é como se o navio tivesse recentemente sido abandonado pela sua tripulação", afirmou Ryan Harris. O pesquisador é também um dos navegadores que participou na expedição para explorar o naufrágio.


O TERROR
Na sua última expedição, o HMS Terror partiu da Inglaterra rumo ao Árctico à procura de uma rota para atravessar a Passagem do Noroeste. Para isso, eles teriam de passar pelo Norte da Améica, acima do Círculo Polar Árctico. No entanto, mesmo antes de completarem metade da rota, o navio acabou por colidir com o mar congelado e a tripulação foi obrigada a abandonar o navio. Foi nesse ponto que o verdadeiro terror estava a começar.

Primeiro foram encontradas relíquias da expedição e três túmulos de membros da tripulação, em 1850. Porém, estudos mais conclusivos, para decifrar o mistério do que aconteceu com a tripulação, só foram possíveis mais de cem anos depois. Em 1981, uma nova expedição, na ilha de Beechey, e em King William, concluiu que muitos dos membros da tripulação morreram de pneumonia, escoburto e fome. De acordo com relatos da tradição oral Inuíte, houve vários casos de canibalismo entre os tripulantes do navio. 

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