domingo, 4 de novembro de 2018

Conhece a verdadeira história de 'Delphine LaLaurie' uma das mulheres mais demoníacas que já existiu

Cena da temporada 'Coven' da série American Horror Story
Na temporada 'Coven' da série 'American Horror Story', a atriz Kathy Bates interpreta a personagem Delphine LaLaurie.

A personagem é inspirada numa história real, Delphine LaLaurie foi uma das mulheres mais demoníacas que já existiu.


História de Delphine LaLaurie
Ela nasceu em 1775, Nova Orleans (EUA). Em 1800, Delphine casou-se com Don Ramon de Lopez y Angullo, um oficial de alta graduação na Corte espanhola. Em 1804, eles viajaram para Espanha, quando eles estavam a voltar da viagem, Don Ramon ficou doente e morreu.

Em 1808, Delphine casou-se com Jean Blanque, um banqueiro e legislador de descendência francesa. Jean morreu em 1816 em circunstâncias curiosas que alguns atribuem a envenenamento. Em 1825, Delphien casou-se com o seu terceiro marido, o médico Leonard Louir Nivolas LaLaurie. Em 1831, a família adquiriu a famosa propriedade no número 1140 da Royal Street, que ela manteve no seu próprio nome com pouco envolvimento do esposo. Há rumores que o dono original da mansão, um médico chamado Nicholas Geny, não pretendia desfazer-se da propriedade, mas Delphine estava irredutível. Ela negociou com credores e tornou-se titular das dívidas que ele tinha. Ela acabou por ficar com a casa e várias posses de Nicholas que arruinado, se suicidou.

Delphine LaLaurie ficou conhecida como Madame LaLaurie pela sociedade de Nova Orleans, fazia várias festas que eram cheias de pessoas ricas e influentes.

Depois de um tempo, a mansão foi totalmente reformada e um terceiro andar foi colocado na mansão e um alojamento para escravos foi incluído no topo e os escravos que serviam a família sofriam várias atrocidades.

1140 da Royal Street
A historiadora Harriet Martineau, reuniu vários testemunhos de habitantes de Nova Orleanss a respeito dos escravos que pertenciam à família.

Certa vez uma menina chamada Lia, de apenas 12 anos, tentou fugir para o telhado da casa apavorada dizendo que Delphine queria arrancar a sua pele, pois ela tinha puxado o cabelo de Delphine enquanto a penteava. Enquanto ela chorava desesperada, Delphine aguardava-a com um chicote prometendo que a punição seria muito pior se ela não descesse imediatamente. Quando ela se negou, Delphine mandou que atirassem pedras para forçá-la a obedecer. A menina desequilibrou.-se e caiu, partindo o pescoço. Furiosa, Delphine teria mandado prender o cadáver da menina num poste e ela própria chicoteou-a várias vezes.

Numa outra ocasião, Delphine teria ficado descontente com a refeição servida aos convidados que estavam na mansão. Para punir os escravos ela teria mandado que eles não recebessem comida por dias e que ficassem a olhar para ela e para a sua família enquanto faziam as suas refeições. Quando um deles desmaiou, Delphine teria mandado que o escravo fosse levado para os fundos, colocado um caixão e enterrado no jardim.

Ela também gostava de abrir as suas escravas e "brincar" com os seus intestinos, envolvendo-os em volta da sua cintura, enquanto deixava os corpos das vítimas pendurados e apodrecendo.

No dia 10 de abril de 1834, um incêndio começou na cozinha da mansão na Royal Street. Os escravos teriam provocado o incêndio na tentativa de atrair as autoridades até ao local e serem libertados.

Delphine e a sua família não estavam no local no momento do incêndio, as autoridades foram chamadas para ajudar no combate do fogo. Na cozinha encontraram a cozinheira da família, acorrentada ao forno pelos pulsos e tornozelos.

Tentaram entrar no alojamento dos escravos para evacuá-los. Uma vez que ninguém sabia onde estava as chaves, partiram o cadeado e encontraram "experimentos" humanos verdadeiramente perturbadores no local.

Uma das vítimas encontradas, foi um escravo que teve os seus membros partidos e costurados no corpo e ângulos estranhos que o faziam parecer um caranguejo humano. Uma das escravas estava com a boca cheia de fezes de animais e os lábios costurados. Uma outra escrava teve os seus ossos partidos para caber dentro de uma pequena gaiola de metal destinada a cães. Muitos crânios foram encontrados com furos, um escravo ainda estava vivo com um buraco cheio de ganchos na cabeça dele. Haviam cadáveres pendurados pelo pescoço em cordas, escravos com braços e pernas cortados presos a correntes e vários itens de torturas espalhados pelo local.

Os escravos contaram que tinham sido levados para o local de horrores onde sofriam horrivelmente. Alguns estavam lá há meses.

Um dos homens que descobriu o local de torturas foi o Juiz Jean-Francois Canonge, que posteriormente prestou depoimento sobre o que foi encontrado na mansão:

"Havia uma mulher nua com um colar de ferro cheio de espinhos presa na parede por uma corrente. Os muitos ferimentos nas suas costas evidenciavam o uso de chicote e ferros em brasa. A mulher contou que a Madame LaLaurie costumava cortá-la com uma navalha para beber o seu sangue. Ela também mergulhava as suas mãos e rosto numa bacia cheia de sangue acreditando que assim poderia ficar "jovem para sempre". Um homem tinha sido castrado e o ferimento teria sido costurado com barbante, a língua dele também foi cortada para que ele não pudesse falar".

Um dos homens de confiança de LaLaurie, quando interrogado, confessou que o local de torturas era usado há anos e que a patroa sentia prazer em atormentar diariamente os seus escravos.

O caso deixou a população furiosa, as roupas e jóias da família foram saqueadas, os salões com os seus móveis luxuosos devastados e por pouco a casa não foi inteiramente queimada pela multidão.

Os escravos torturados foram levados para a prisão local, onde testemunharam sobre tudo o que tinham passado.

Semanas depois do ocorrido e da evacuação da mansão, vários cadáveres foram encontrados no local onde os feitores da família colocavam os corpos. Vítimas cujos corpos foram atirados num poço seco nos fundos da propriedade. Quando o poço foi aberto, as autoridades encontraram ossos de crinças que tinham sofrido torturas similares.

Alguns relatos dizem que após o incêndio e a descoberta das coisas terríveis que eram feitas na mansão, Delphine e as suas filhas teriam fugido para o Alabama onde foram hospedados por parentes. Lá, o seu marido Leonard abandonou-a temendo sofrer represálias se continuasse com elas. Delphine ficou com os parentes por algumas semanas, depois temendo ser descoberta, Delphine mandou as suas filhas para casa de uns amigos e viajou para Paris.

LaLaurie teria muito dinheiro nos bancos em França, tinha o suficiente para se estabelecer na França e manter o mesmo padrão de vida. As suas filhas jamais se juntaram a ela na Europa, alegando que -não queriam mais ter qualquer contato com a mãe.

Existem várias teorias sobre a morte de Delphine LaLaurie, a mais conhecida e que se tornou popular é contada pelo historiador George Cable, ele afirmou que ela teria morrido num acidente de caçada na França. Ela teria sido morta por um javali furioso que a derrubou do cavalo e atropelou-a. A outra teoria foi que ela tinha voltado para a América e morrido em São Francisco em decadência.


0

0 comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.