"A minha filha está em pânico, o que só por si já é bom. Para além de ter mostrado arrependimento, mostrou medo, o que pode ajudar a prevenir eventuais futuras situações."
Já Alice Ferreira, mãe da mesma jovem (que assumiu a participação no filme mas que não bateu na vítima), afirmou ao Correio da Manhã que "tinha de agir".
"Não sabia se aquele miúdo não poderia cometer suicídio por causa daquilo. Sou mãe e estou de rastos com tudo isto Não foi esta a educação que lhe dei."
O Ministério Público da Figueira da Foz vai investigar o caso em dois inquéritos separados, que afetam as cinco raparigas e três rapazes identificados como agressores e que têm idades entre os 15 e os 19 anos.
Os menores de 16 anos serão alvo de um inquérito tutelar educativo e os seus processos correrão no Tribunal de Família e Menores de Coimbra. Quanto aos maiores de 16, poderão ser acusados de crimes de sequestro e ofensa à integridade física, sendo que este último poderá ser punido com até quatro anos de prisão.
Os adolescentes foram ontem ouvidos na esquadra da PSP da Figueira da Foz, onde foi ainda inquirido o jovem agredido, que saiu das instalações às 16h50.
O diretor da escola Dr. Joaquim de Carvalho onde o jovem agredido frequenta um curso profissional de Multimédia, não ficou indiferente às imagens.
Carlos Santos contou que viu dois ou três minutos do vídeo porque não conseguira ver mais e ficou completamente chocado.
O Correio da Manhã revela que a principal agressora é considerada "o terror da Figueira", e que já houve outras cenas de violência protagonizadas pelo mesmo grupo. Um colega ouvido pelo jornal contou que:
"Ela resolve tudo à pancada, praticamente toda a gente já foi agredida por ela."
O que motivou a agressão violenta:
O Jornal de Notícias escreve na edição de hoje que o jovem agredido terá contado a um rapaz seu amigo que a namorada o traíra, o que ajudou ao fim da relação. Quando soube do sucedido, a jovem reuniu um grupo de amigos para bater no rapaz.
Vídeo não pode ser usado como prova:
Segundo Costa Andrade, um dos autores do atual Código Penal, indicou ao Correio da Manhã que o vídeo é uma prova ilícita e que por isso, não pose ser usado em tribunal:
"Trata-se claramente de uma gravação ilícita. Apenas as imagens cuja recolha tenha sido previamente autorizada por um juiz podem ser usadas em tribunal como prova."
O vídeo (cujo link se encontra abaixo) já foi visto por mais de 2 milhões e meio de pessoas.
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