segunda-feira, 28 de maio de 2018

Caneca de prisioneiro de Auschwitz ocultou um segredo por 70 anos

Imagina a surpresa dos trabalhadores do Museu e Memorial Auschwitz-Birkenau teve ao descobrir que um item que faz parte da coleção da instituição ocultava um segredo há mais de 70 anos! O objeto em questão é uma caneca que pertenceu a um dos muitos judeus que foram enviados ao famoso campo de concentração e, depois de ser radiografado, revelou guardar algo que passou despercebido pelos nazistas - e por todos os outros - durante este tempo todo!


Esconderijo
De acordo com Camila Domonoske, do site npr, a caneca possuí um fundo falso e, sob ele, foram cuidadosamente escondidos um colar de ouro e um anel do mesmo material incrustado com pedras preciosas. E qual é a história desse fascinante utensílio? Segundo Camila, quando os primeiros prisioneiros começaram a ser enviados aos campos de concentração, eles ouviam dos nazistas que estavam a ser colocados para trabalhar e viver em outras localidades.


Os prisioneiros inclusive tinham permissão para levar alguma bagagem e, acreditando que estavam a se mudar para outro lugar, é claro que a grande maioria deles incluía nas malas os seus pertences mais valiosos. E era bem isso o que os alemães esperavam que os prisioneiros fizessem - tanto que, quando essas pessoas chegavam a Auschwitz ou a outro campo de extermínio qualquer, todas as suas posses eram confiscadas pelos nazistas.


A caneca da coleção é um dos milhares de itens confiscados no campo de concentração e o facto dela esconder tão bem peças valiosas para a pessoa que as ocultou ali demonstra que quem quer que tenha guardado as jóias provavelmente tinha esperança de um dia escapar dos nazistas e recomeçar a vida depois da guerra. E isso é bastante triste, uma vez que a pessoa que teve a caneca confiscada provavelmente está entre os mais de um milhão de pessoas que perderam a vida em Auschwitz.


Por outro lado, não é incrível que, mesmo depois de mais de sete décadas desde que o campo de concentração foi libertado, os historiadores e curadores das coleções ainda descubram relíquias deixadas pelas vítimas.
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