quarta-feira, 23 de maio de 2018

Reveladas páginas censuradas do diário de Anne Frank e é muito diferente do que esperávamos

No dia 9 de julho de 1942, Anne, os seus pais, a sua irmã e outros judeus esconderam-se num anexo secreto junto ao escritório do pai de Anne, em Amesterdão, durante a ocupação nazista dos Países Baixos. Inicialmente, Anne Frank usa o seu diário para contar sobre a sua vida antes do confinamento e depois narra momentos vivenciados pelo gripo de pessoas confinadas no anexo.

Os registos da menina serviram como um lembre emocional do que os judeus passaram e foram publicados num livro chamado 'O Diário de Anne Frank'. Algumas citações e reflexões da menina ficaram famosas pelo facto dela ter sido testemunha de sofrimento e crimes terríveis cometidos pelos nazistas. 

Anne Frank nunca terminou os seus diários e nem mesmo os viu publicados. Milhões de pessoas ao redor do mundo leram as palavras escritas por Anne, mas algumas páginas não foram publicadas, deixando um mistério. Mas parece que com a ajuda da tecnologia conseguiram revelar o que estava escrito nessas páginas.


AS PÁGINAS OCULTAS DO DIÁRIO DE ANNE FRANK
Uma nova tecnologia permitiu que curadores do Museu Anne Frank pudessem ver o que estava por trás das folhas de papel castanho que foram colocadas em cima das páginas do diário. O que estava escrito? Bom, Anne faz uma narrativa onde ela oferece conselhos sexuais a uma pessoa não identificada. Peter de Bruijn, do Instituto Huygens para a História da Holand, diz que os detalhes são menos interessantes pela sua natureza sexual e mais pelo seu estilo. 


Peter explica o seguinte: "Ela começa com uma pessoa imaginária com a qual está a falar sobre sexo, e então ela cria uma espécie de ambiente literário para escrever sobre um assunto que ela talvez não se sinta confortável".

Numa das páginas ela escreve o seguinte: "Vou usar esta página estragada para escrever piadas obscenas. Tu sabes porque é que as meninas alemãs da Wehrmacht estão na Holanda? Para servir como colchões para os soldados".


No entanto,mas se ela queria esconder essas páginas, não seria desrespeitoso publicá-las? A diretora de coleções da Casa de Anne Frank, Teresien da Silva acredita que é para o bem maior. "Às vezes é importante para a pesquisa científica e também é bom para o público saber o que ela não queria publicar", disse ela em entrevista ao The New York Times.
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