sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A macabra história da decapitação de Mary Stuart, Rainha da Escócia

Todos aqueles que gostam de Hstória - e até os que não são lá muito fãs do tema - sabem que as torturas, os martírios e toda a classe de castigo sangrentos eram permitidos no passado. E sobrava para toda a gente, uma vez que inclusive nobres e governantes tornaram-se vítimas de sentenças brutais. Entre os muitos "bem-nascidos" que acabam por ser condenados à morte está Mary Stuart, Rainha da Escócia, cuja execução ficou marcada como uma das mais horrendas já testemunhadas.

Elizabeth I
De acordo com Gina Dimuro, do site All That Is Interesting, Mary foi condenada a morrer por decapitação no dia 17 de novembro de 1558, durante a Era Elisabetana, ou seja, durante o reinado de Elizabeth I da Inglaterra, a sua prima. Pois é, as relações entre as família reais europeias eram uma verdadeira confusão, então já podes ter uma ideia da 'coisa'.


Guerra dos tronos
Elizabeth I era filha de Henrique VIII com Ana Bolena, segunda esposa do rei inglês. A primeira mulher do monarca foi Catarina de Aragão, mas Bolena, que circulava pela corte real, acabou por despertar o interesse de Henrique, transformando-a na sua amante e desbancando a rainha espanhola.

Henrique VIII
 E não foi só isso... para poder se divorciar de Catarina e casar-se com Ana, Henrique VIII acabou por romper com a Igreja Católica e fundar a Anglicana na Inglaterra. Com isso, ele casou-se com a amante - que assumiu o posto de Rainha Consorte, deu a luz Elizabeth, foi substituída por outra mulher (Joana Seymour), acusada de adultério, incesto e traição, e condenada à morte pelo rei, também por decapitação. 

Bem, Catarina de Aragão e Henrique VIII chegaram a ter uma filha, outra Mary - Mary I da Inglaterra -, mas com o divórcio, ela foi removida da linha sucessora ao trono e Elizabeth acabou por subir ao poder. Com esse panorama, muitos, em especial, os que defendiam o retorno do catolicismo como religião oficial na Inglaterra, viam a ascensão de Elizabeth (protestante) ao poder como um ato ilegítimo. 


Mais confusões
Mary era filha de Jaime V da Escócia, sobrinho de Henrique VIII, com a francesa Maria de Guise, e herdou o direito ao trono escocês com apenas 6 anos de idade. Então, procurando criar uma aliança com a Franca, Mary I foi prometida  ao rei francês, Francis II. Eles chegaram a casar-se, e Mary tornou-se a Rainha Consorte de França também, mas o monarca acabou por morrer - em consequência de uma infeção no ouvido - e ela foi enviada de volta à Escócia.

Mary, Rainha da Escócia
 Só que o seu reinado não foi muito tranquilo na sua terra natal e Mary foi forçada a abdicar e mandar-se para a Inglaterra - onde foi recebida pela sua prima, Elizabeth. Voltando aos católicos, eles achavam que Mary era a candidata perfeita para assumir o comando da Inglaterra e, Elizabeth, que tinha consciência disso, manteve a prima sob constante vigilância. Depois de quase 20 anos a ser mantida praticamente como prisioneira, houve boatos de que a escocesa estava a tramar para derrubar a Rainha e, pronto, foi sentenciada à morte!


Execução horrenda 
De acordo com Gina, dentro dos métodos de execução mais "populares" no século 16, a decapitação provavelmente era a menos dolorosa. Infelizmente para Mary não foi tão fácil.

Para começar, ela foi obrigada a despir-se diante dos súbditos que ficaram a ver o "espetáculo" e ficar apenas com as suas roupas de baixo. Então, depois de se despedir, emocionada, das suas damas de companhia, uma delas usou um lenço para vendar a escocesa e ajudou-a a ajoelhar-se sobre uma almofada. Mary fez uma prece em latim e, em seguida, foi violentamente forçada a apoiar-se no bloco onde o seu pescoço seria cortado.

O problema é que Mary não teve tempo de posicionar o seu queixo direito e, quando o carrasco baixou o machado, ele errou o alvo, acertou a parte de trás da sua cabeça e não conseguiu concluir a decapitação de forma correta. Novamente, ele deu um segundo golpe que, para o horror de todos os presentes - que juraram ouvir lamentos da escocesa - também não foi o suficiente para terminar o serviço.


Depois de três golpes, o carrasco finalmente conseguiu decapitar Mary, e levantou a sua cabeça ensanguentada para que todos pudesse ver. Várias testemunhas contaram que a escocesa ficou irreconhecível após esse desastre de execução e que a sua boca continuou a mover-se durante vários minutos (mas muita gente acha que isso é apenas lenda).

Túmulo de Mary, Rainha da Escócia

Para completar o macabro acontecimento, quando foram remover o corpo de Mary, descobriram que o seu cãozinho de estimação estava escondido debaixo da suas camisolas e esteve presente durante todo o sofrimento da dona. Para piorar, quando o bichinho saiu de lá, ele recusou-se a abandonar a escocesa e deitou-se numa poça de sangue entre a cabeça e o pescoço dela.
 
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