sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ossos humanos estão a aparecer numa ilha de Nova Iorque e a história por trás disso é sombria

A cidade de Nova Iorque é envolvida pela simbologia, uma vez que está presente nos sonhos de milhares de pessoas pelo mundo. Para muitas destas, ter a oportunidade de conhecer o local é uma meta de vida. Mas é claro, que nem tudo é tão belo assim. Também chamada por diversas alcunhas como 'Gotham', 'Empire City' ou ainda 'a cidade que nunca dorme', exisste um lado mais sombrio de Nova Iorque que ganha um nome no mínimo, assustador: Ilha dos Mortos.

Um fenómeno recente está a assombrar as pessoas que moram nas proximidades. Isto porque as marés e as tempestades estão a revelar ossos humanos na ilha. Após toda a tragédia provocada pelo Furacão Sandy, que ocorreu em 2012, as terras da região começaram a sofrer com profundas erosões... Que a cada dia que passa, revelam ainda mais horrores. Os ossos estão literalmente a cair das margens da ilha à medida que a terra cede. A grande questão é que o lugar foi usado por mais de 100 anos como um cemitério para enterrar pessoas com menores, ou nenhumas condições financeiras.


Verdadeira exposição de ossos
As erosões estão a revelar milhares de esqueletos e restos mortais no lugar. Apenas para que tu tenhas uma ideia, cerca de 14 ossos foram recolhidos por autoridades no último dia 23 de abril. Dentre eles, encontraram 6 crânios, 31 ossos da perna e 16 pélvis. Estima-se que mais de um milho de corpos tenham sido enterrados no local, sendo a maioria de bebés. A ilha, que possuí cerca de 409 mil m², funcionava como cemitério desde 1868. Para lá, também eram enviados os mortos sem identificação ou que as famílias não quiseram assumir um enterro.

Melinda Hunt, que trabalha no Hart Island Project, fez uma visita à ilha no início de abril. Ao chegar lá, encontrou um cenário de filme de terror. Desde então, o local tem sido referido como 'praia dos ossos. Segundo ela: "Restos esqueléticos estão literalmente a sair da Terra". Tudo isso fez com que as autoridades enviassem antropólogos forenses a´é ao local para recolherem os demais ossos e ajudarem no trabalho de recuperação da ilha.


Mark Levine, membro da câmara municipal, afirma: "Esses são nova-iorquinos. São seres humanos que foram em grande parte marginalizados e esquecidos na vida. Eram pessoas que morreram sem teto ou como indigentes, vítimas de doenças contagiosas e até mesmo crises de SIDA. E nós estamos vitimando-os novamente no seu local de descanso final".

Enquanto a maioria dos cemitérios é cercado pelo verde da relva e apresenta belas lápides com homenagens, o mesmo não se pode aplicar para a Ilha dos Mortos. Não existem marcações além de um túmulo em isolamento. Ele contém a primeira criança a morrer por SIDA em Nova Iorque. Ativistas lutam para que essa situação mude. Cerca de 13,2 milhões de dólares foram destinados para reparar as erosões e fazer o recolhimento dos ossos expostos. Em contrapartida, as pessoas querem que o local seja transformado num parque histórico, respeitando os mortos ali presentes.
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