domingo, 14 de janeiro de 2018

Facebook diz que tu precisas de interagir nas redes para te sentires melhor

Recentemente, o Facebook publicou um artigo no seu newsroom a abordar pesquisas sobre o tempo que as pessoas passam nas redes sociais, a fim de analisar se esse tempo é realmente útil e se ele serve de conexão entre amigos e familiares. No texto, funcionários da empresa que atuam na área de pesquisas afirmam: "queremos que o Facebook seja um lugar para interações significativas com os teus amigos e familiares aprimorando os teus relacionamentos offline, não prejudicá-los".

Para ir mais fundo nessa questão da interação, o Facebook trouxe pesquisas académicas para embasar a seguinte afirmação: consumir o feed de notíciasda tua página sem interagir faz tu te sentires mal. Isso mesmo: se tu fores um consumidor passivo de notícias, que não se expressa, não comenta ou compartilha o conteúdo, isso pode estar a afetar o teu bem-estar.


Usar as redes sociais faz bem ou mal?

De acordo com o artigo da empresa, a questão é como tu usas a tecnologia, e isso não se limita somente ao Facebook. O diretor de pesquisa da empresa, David Ginsberg, e a pesquisadora Moira Burke chegaram à conclusão de que utiliza as redes sociais é como estar entre amigos: se tu te isolares e não interagires, isso vai ser prejudicial.

A fonte do estudo foi a Universidade de Michigan, onde estudantes passaram 10 minutos a ler notícias no Facebook. Os voluntários escolhidos para não interagir durante o experimento ao fim do dia sentiram-se piores do que o grupo que fez comentários e interagiu com amigos na rede.


As causas dessa diferença não foram identificadas, mas os pesquisadores acreditam que quanto mais simplesmente lemos sobre outras pessoas nas nossas timelines, mais nos comparamos de uma forma negativa. Inclusive essa comparação seria até pior do que o convívio offline. Outra possibilidade é a de que a internet afasta o envolvimento social pessoalmente.

O Facebook quer que tu interajas mais 

Se a falta de interatividade faz mal segundo as pesquisas académicas, obviamente o lado positivo está a fazer o contrário. E é amparado por esse argumento que o Facebook quer incentivar os usuários a se comunicarem mais nos seus feeds de notícias, comentando, a curtir, a marcar amigos, a compartilhar as postagens e relembrar as postagens antigas.

Também para provar o lado bom da história, os pesquisadores do Facebook mencionaram um estudo realizado na Universidade Carnegie Mellon, o qual apontou que as pessoas que mandam ou recebem mais mensagens, comentários e postagens relataram melhorias em casos de depressão, solidão e maior apoio social. Os efeitos teriam sido ainda mais intensos quando as pessoas conversaram pela internet com os teus amigos mais próximos.


O texto cita mais pesquisas e experimentos que encontraram pontos positivos na comunicação online entre as pessoas, incluindo uma participação ativa do Facebook nesses casos.


Empresa quer contribuir com o bem-estar

Vale destacar que a empresa reconheceu o seu papel no impacto que o Facebook tem na vida das pessoas e diz estar a tomar medidas para melhorar as interações sociais. Afinal, como afirma o próprio Mark Zuckerberg: "Queremos que o tempo que as pessoas passem no Facebook incentive interações sociais significativas".


Os pesquisadores ainda informaram que a empresa tem psicólogos sociais, cientistas sociais e sociólogos. Esses esforços são para compreender o bem-estar e garantir que o Facebook contribua de forma positiva. Outras medidas incluem melhorias na qualidade do feed de notícias, ferramentas de prevenção ao suicídio e investimentos paranetender melhor a distração digital e os fatores que podem afastar as pessoas nas suas interações pessoais offline.
0

0 comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.