quinta-feira, 7 de julho de 2016

Uma cabeça e dois pares de pés deram à costa numa praia das Fidji

Um casal neozelandês de férias nas ilhas Fidji encontrou a poucos metros da costa da praia Natadola, considerada uma das mais belas do mundo, uma cabeça humana envolta num tecido verde e amarrada a pedras. A descoberta acontece um mês depois de ter sido encontrado um par de pés humanos no mesmo areal.

As autoridades suspeitam que as partes de corpos encontradas pertençam ao casal russo desaparecido, Yurity Shipulin e Nataliya Gerasimova, desde 16 de junho. Shipulin e Geramisova mudaram-se para as Fidji em 2011, onde viveram dos rendimentos da quinta de vegetais que mantinham em Nausori Highlands. Ao ex-piloto da Força Aérea Russa, que estava envolvido em múltiplos negócios falhados, alguns dos seus parceiros comerciais deviam mais de 179 mil euros (200 mil dólares americanos).

Andrew Luzanenko, um sócio do casal russo, alertou a polícia para o seu desaparecimento. "Yurity confiava demasiado nas pessoas e foi extorquido por indivíduos sem escrúpulos. Descobriu isso da maneira difícil. Ele queria tanto o paraíso, que nem conseguia ver o quão podre era", comenta o Luzanenko, de quem a polícia não suspeita.

O carro dos russos foi descoberto ainda com a chave na ignição na praia onde os pedaços dos seus corpos foram mais tarde encontrados. Uns dias antes, a comunidade de expatriados tinha organizado buscas nas densas florestas que rodeiam a quinta isolada do casal, mas nenhuma pista fora conseguida.

A polícia local pediu aos habitantes que não discutam publicamente o assunto, para que a reputação paradisíaca das ilhas não seja manchada. "Quero pedir aos membros do público que não especulem ou espalham rumores sem substância acerca deste caso, já que só servem para criar medo desnecessário", sublinharam as autoridades no comunicado de imprensa citado pelo The Guardian.

Os assassinatos nas Fidji são raros. Neste arquipélago o turismo assegura cerca de 30 por cento do PIB. "É um [caso] chocante, não estamos acostumados a algo parecido", comenta Repeka Nasiko, uma repórter do Fijian Times.
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