domingo, 3 de dezembro de 2017

Vê porque dizem que partir um espelho pode dar 7 anos de azar

Superstições populares são extremamente comuns. Geralmente elas têm origem em algum mito e espalham-se ao longo dos anos carregadas pela crença profunda de muitos que "têm certeza de que isso realmente acontece". E esses mitos são tão fortes e consistentes que, além de atravessarem gerações, são comuns aos mais variados tipos de cultura, nacionalidade, religiões, etc. Uma dessas crenças que faz parte do repertório de superstições de quase toda a população mundial é a do espelho partido e os seus famigerados "sete anos de azar".

Não é só em Portugal que essa superstição é bastante famosa. De acordo com o site "How Stuff Works", hoje ela faz parte da cultura de vários países, sejam europeus, americanos e até asiáticos. Mas onde surgiu esse mito e como ele continua tão forte na cabeça de tantas pessoas até hoje?

A versão mais propagada para o início dessa crença popular é a de que ela tem origem na mitologia grega. A história de Narciso, o rapaz que se apaixonou pela própria imagem refletida na água e morreu de inanição após passar a vida inteira a tentar acariciá-la, é um dos contos que envolvem o reflexo e que é apontado como possível precursor do espelho e dos sete anos de azar-

Ainda na Grécia Antiga, acreditava-se que os reflexos carregavam, ou eram em si, o prospecto das almas de cada um. Existia também um método de adivinhação no qual se colocava água num recipiente para refletir a imagem das pessoas que queriam saber sobre a sua sorte. Logo, ao "ferir" ou partir uma imagem refletida, a pessoa teria um sinal de que dias ruins se iriam suceder com a probabilidade da sua morte ou de alguém muito próximo.

Os sete anos foram uma contribuição dos romanos. Eles acreditavam na mesma situação com relação aos reflexos, com a adição de que o ciclo da vida de um ser humano era renovado nesse período de tempo, portanto, ao fim dos sete anos, o azar acabaria.

Narciso (1594-1596), por Caravaggio
Em Veneza, na Itália, há outra pista sobre a origem do mito, uma vez que, ao surgirem os primeiros espelhos do tipo que conhecemos hoje, eles eram objetos extremamente caros. Para fazer com que os empregados tivessem o máximo de cuidado possível ao limpar esses artefatos, as pessoas inventavam que, se as peças fossem partidas, os responsáveis teriam muitos anos de azar.

Ainda há outra versão baseada na possibilidade de que os espelhos projetam a alma da pessoa. Assim sendo, se a pessoa partir um espelho, a sua alma não poderia protegê-lo de todo o azar que cerca a pessoa. Também há quem diga que a má sorte seria um castigo, numa espécie de vingança, realizado pelas almas feridas àqueles que não tiveram o devido cuidado com os seus aspetos.

Tem-se essas versões como as prováveis para a origem desta superstição. Nem todos acreditam, é verdade, mas quase toda a gente ouviu, pelo menos uma vez, de alguém que "precisaria ter cuidado com o espelho" para não enfrentar o azar nos sete anos seguintes. De qualquer forma, fica a recomendação para não tentares danificar esses objetos, pois mesmo que tu não acredites na superstição, assim como qualquer vidro, um espelho partido pode fazer uma grande confusão.


Para te livrares do mal

Se tu partiste um espelho recentemente, ou se vieres a partir nos próximos anos e sentires que a tua vida não está a correr muito bem, coisas ruins aconteceram ou os teus dias pareceram mais sombrios, fica tranquilo. Há uma solução para afastares o azar e evitares os sete anos de infelicidade que s´p um espelho partido te pode proporcionar.

Mesmo que um vidraceiro perto de tua casa diga para tu tentares re-aproveitar ou reciclar o espelho (o que de facto tu podes fazer), a saída para te esquivares das más vibrações é acabar com o objeto partido. Tu podes moê-lo ou enterrá-lo para que ele pare de refletir os pedaços da tua "alma ferida". A queima do objeto também é uma alternativa defendida por alguns, mas aí a sujeira pode ser ainda maior.

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