Há um sentimento que, quando se começa a manifestar entre um casal, dita o fim da relação.
Qualquer casal pode passar de um momento de carinho ou de paz perfeitamente rotineiro para um momento de intensa discussão numa questão de minutos. Isto não tem que ser necessariamente mau sinal, é normal que aconteça numa relação.
Mas John Gottman, psicólogo da Universidade de Washington e fundador do Instituto Gottam, avisa, em entrevista ao Business Insider, que o que acontece a seguir a uma destas discussões é que é perigoso.
Imagina o seguinte cenário: um casal chega a casa e passado pouco tempo começa a discutir porque o marido comprou o tipo de pimenta errado. Numa discussão que começa por causa da pimenta cabem depois frustrações vindas de vários quadrantes. Um deles explica com paciência porque é que se enganou na pimenta? O outro ouve a explicação? E depois de terminada a discussão, alguém admite que esteve errado, que exagerou?
Estas são as perguntas a que deves responder. Se no final de uma discussão, não há uma verdadeira concessão e um dos elementos do casal fica a pensar uma coisa como "mas que tipo de idiota é que não sabe para que serve a pimenta-preta e a pimenta-branca?", então sim, há um problema.
Este comportamento significa que se sente desprezo pelo companheiro e esse sentimento - uma mistura viral de raiva e nojo - é o mais tóxico para uma relação e um verdadeiro sinal de perigo.
A existência de desprezo pelo/a companheiro/a é mais prejudicial do que frustração e significa que se olha para o parceiro como um ser inferior a si mesmo. O desprezo, dizem os especialistas como Gottman ou Robert Levenson, da Universidade da Califórnia, pode predizer o divórcio com uma taxa de precisão de 93%.
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