Já imaginaste viver num lugar onde, nos meses mais quentes, as temperaturas mais altas giram em torno dos -30ºC ou encarar com absoluta normalidade papéis higiénicos e canos congelados? Essa é a realidade enfrentada pelos 920 moradores da remota cidade de Oymyakon - a cerca de 9 mil quilómetros da capital russa, Moscovo.
Entre os hábitos incomuns dos habitantes deste lugar - onde o frio congela lágrimas, a barba, os cílios e tudo o que não estiver coberto - estão a ter de fazer fogueiras para derrete o gelo antes de cavar no solo de uma sepultura, certificar que animais e crianças não encostem em superfícies metálicas para evitar que fiquem presos nelas e evitar corridas, pois isso é praticamente impossível sob temperaturas tão baixas.
O frio afeta também a locomoção dos habitantes da cidade. Os automóveis, pr exemplo, precisam ficar em garagens aquecidas, já que os seus motores dificilmente arrancam a -30ºC. Além disso, durante o iverno, os aviões não aterram nem descolam por lá, fazendo com que todo o transporte de mercadorias seja feito pela única rodovia federal que vai até a localidade.
Embora a decrição de Oymyakon pareça a do fim do mundo, a cidade dos rincões da Sibéria conta com serviços típicos de qualquer outra cidade, tais como ginásios, cafés, mercados, clubes, bibliotecas, museus, farmácias, médicos para cuidados básicos, internet, telefones móveis e, obviamente, energia elétrica. Outra curiosidade sobre esse lugar tão gélido é que as casas não precisam de frigorífico: se forem deixados na varanda, os alimentos congelam em instantes.
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
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