segunda-feira, 5 de março de 2018

Declarações sobre assédio sexual marcam 90.ª cerimónia dos Óscares

O início da 90.ª cerimónia dos prémios de cinema Óscares, em Los Angeles, ficou marcado pelos discursos sobre o movimento contra o assédio sexual.

A realizadora Agnés Varda, de 89 anos, que concorre ao Óscar de Melhor Documentário com 'Olhares Lugares' disse ao New York Times que o movimento Me Too e o projeto Time's Up são "como uma tempestade, mas com resultados" e afirmou ainda que "os homens estão a mudar, devagar, as suas mentes".

"Tem de fazer parte das nossas vidas, o facto de as mulheres não se calarem sobre agressão sexual e por isso precisamos de encorajar as mulheres que ainda estão em silêncio", disse, por seu lado, Viola Davis, vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária no ano passado. 

Mira Sorvino e Ashley Judd, duas das primeiras atrizes a denunciar publicamente os comportamentos de assédio e abuso sexual por parte do produtor Harvey Weinstein, chegaram juntas à cerimónia e discursaram lado a lado.  

"Quero que as pessoas saibam este movimento não vai parar até que tenhamos uma sociedade justa e segura para as mulheres", declarou Mira Sorvino ao canal de televisão norte-americano ABC.

Já Ashley Judd, que frisou que foi uma das primeiras mulheres a insurgir-se e a denunciar os comportamentos de Weinstein em 1997, afirmou que "é fantástico o mundo ser finalmente capaz de ouvir" porque anteriormente muitas mulheres que fizeram denúncias públicas foram "desacreditadas e humilhadas".

Ashley Judd mostrou ainda o seu agrado pelo facto de o projeto Time'es Up já ter conseuido angariar mais de 21 milhões de dólares, lembrando ainda as mulheres que foram assediadas e que queiram procurar ajuda que podem ir "ao sítio da internet e um advogado assume o caso de forma 'pro bono'".   
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