sábado, 25 de novembro de 2017

Canibal e serial killer: sabe a história macabra do verdadeiro bicho-papão

Infância conturbada

Hamilton Fish nasceu em Washington DC, capital dos EUA, em 1870. Logo depois, ele mudou o seu nome para Albert, o mesmo do seu irmão mais velho, que faleceu. Fish também tornou-se órfão bastante cedo: o seu pai tinha 75 anos quando ele nasceu, por isso não aguentou muito tempo e não estava vivo quando ele começou a apontar as suas atrocidades.

Por causa disso, Fish passou a maior parte da sua infância em orfanatos - ele só voltou a morar com a mãe quando ela conseguiu um emprego estável. Na instituição, ele foi bastante torturado, mas aprendeu a suportar e a gostar das dores.

Depois que voltou a morar com a mãe, entretanto, Albert Fish não teve o que se pode chamar de "infância normal". Aos 12 anos, ele foi apresentado por um rapaz à coprofagia - o ato de comer fezes. Ele também passou a frequentar casas-de-banho públicas para ficara ver os outros meninos a trocar de roupa.


A prostituição e o sadomasoquismo

Na juventude, Fish começou a trabalhar com prostituição e a violar meninos novos  - ele tinha preferência por menores de 6 anos de idade. Perto de completar 30 anos, ele aceitou um casamento arranjado pela sua mãe e teve 6 filhos com a sua mulher. Isso, porém, não afetou o seu sadismo, que estava cada vez pior.

Ele largou a prostituição e tornou-se pintor de casas. Só que quando ele visitou um museu de cera, acabou obcecado pela mutilação sexual. Meio que por essa época ele foi  preso por furto, mas não ficou muito tempo na cadeia.

Fish acabou por conhecer um rapaz de 19 anos, Thomas Kedden, com quem teve um relacionamento extra conjugal à base do sadomasoquismo. Ao que tudo indica, o jovem Kedden tinha problemas mentais. O ápice foi quando Fish estava disposto a matar o amante: ele levou-o para uma fazenda isolada, torturou-o até ao limite, cortou metade do seu pénis fora, mas desistiu na última hora de o matar. Ao invés disso, deu 10 dólares a Kedden e abandonou-o ali mesmo.




Alucinações e auto-mutilação 

Em 1917, a esposa de Fish abandonou-o, e ele começou a desenvolver algumas alucinações auditivas. Numa delas, por exemplo, enrolou-se num tapete porque o apóstolo São João teria pedido que ele fizesse isso. Ele também começou a auto-mutilar-se - inclusive com a ajuda dos filhos, que o espancavam com uma raquete cheia de pregos. O envolvimento deles nas suas perversões parece ter-se limitado a isso.

Uma das piores auto-mutilações parece ter sido a vez em que Albert Fish molhou um novelo de lã com fluído de isqueiro, enfiou isso no seu ânus e ateou fogo. Na emergência, também foram descobertas 29 agulhas cravadas na sua pélvis. Nessa época, ele ainda começou a tomar gosto pelo canibalismo - tanto que era comum que ele comesse carnes cruas.

Psicopata, Fish passou a raptar crianças, principalmente negras e/ou com deficiência mental, para torturá-las, violá-las e, por fim, matá-las e comer as suas carnes. Pior: ele realmente acreditava que era Deus quem pedia para que ele fizesse tudo isso.



Prisão, julgamento e morte

Uma das suas vítimas chamava-se Grace Budd, de apenas 10 anos. Fish conheceu-a quando tentou contratar o irmão dela, Edward, de 18 anos, que procura emprego num anúncio de jornal. Disposto a transformar o rapaz na sua próxima vítima, Albert Fish mudou de ideia ao notar que Edward era muito maior do que ele esperava.

Só que Fish conheceu a irmã do rapaz e, dias depois de contatá-lo pela primeira vez, ele voltou à sua casa e convenceu os pais das crianças a deixarem a pequena Grace a acompanhá-lo numa suposta festa de aniversário da sua sobrinha. A menina nunca mais foi vista.

A polícia saiu à sua caça, mas só conseguiu capturá-lo 6 anos depois, em 1934, quando o próprio Fish enviou uma carta anónima aos pais de Grace detalhando todo o processo de tortura, assassinato e ingestão do corpo da menina. Na cadeia, ele assumiu a autoria de diversos assassinatos, mas foi julgado apenas pelo assassinato de Grace Budd.

O julgamento aconteceu em 1935, e Albert Fish declarou insanidade. Ele foi condenado à morte, mesmo o júri tendo acreditado na sua loucura - eles achavam que isso era irrelevante diante de tamanha crueldade. Fish foi eletrocutado em janeiro de 1936, e assim chegou ao fim a história de um dos maiores assassinos em série de crianças da história dos EUA.


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