sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Descobre como era o rosto de uma "bruxa" condenada à morte no século 18

Todos sabem que, ao longo da História, milhares de pessoas foram condenadas à morte por - supostamente - praticar bruxaria. Uma delas foi a escocesa Lilias Adie que, de acordo com Grase Lisa Scott, do site Inverse, foi sentenciada a queimar na fogueira no início do século 18, após confessar ser adepta da magia negra e amante do diabo.

Segundo Grace, uma equipa de pesquisadores recriou a face desta mulher - e a verdade é que, apesar de ter sido condenada por bruxaria, como tu já deves ter deduzido, a aparência dela não tinha nada de assustador ou sobrenatural.


Bruxa "real"
Contudo, antes de revelar como os cientistas reconstruíram o rosto de Lilias, vamos saber um pouco sobre ela. A condenação da escocesa aconteceu em 1704, mas ela foi encontrada morta na sua cela antes de ser enviada para queimar na fogueira - Lilias provavelmente cometeu suicídio para evitar o sofrimento que padeceria nas chamas.

Crânio de Lilias
O corpo da mulher foi sepultado no condado de Fife, situado no litorial oriental da Escócia, sob uma enorme rocha, possivelmente porque os habitantes locais acreditavam que a pesada pedra evitaria que Lilias voltasse das trevas para assombrá-los. Então, um século mais tarde,o seu esqueleto foi recuperado por especialistas em antiguidades e, finalmente, guardado no museu da Universidade de St. Andrews.


Reconstruindo o passado
De acordo com Grace, a reconstrução foi liderada por Christopher Rynn, do Centro de Anatomia e Identificação Humana, da Universidade de Dundee, que usou imagens do crânio de Lilias para recriar o seu rosto. Conforme explicou Grace, é bastante raro encontrar restos mortais de pessoas condenadas por bruxaria, uma vez que a maioria das vítimas eram queimadas na fogueira - o que significa que todo o corpo era consumido pelas chamas.

Aliás, esse método normalmente era utilizado para executar os acusados de bruxaria porque as pessoas da época acreditavam que, ao destruir o corpo por completo, o diabo seria incapaz de ressuscitar os condenados e usar os cadáveres para aterrorizar e até ferir os vivos.


No caso do crânio de Lilias, apesar de ele ter sido recuperado e armazenado no museu da Universidade escocesa, o artefato desapareceu há décadas. Por sorte, existiam várias fotos da peça - e elas foram suficientes para que os cientistas pudessem aplicar técnicas forenses e de escultura virtual tridimensional para reconstruir a aparência da mulher.


Como podes ver, o rosto de Lilias não tinha nada de extraordinário - e muito menos algo que indicasse que fosse amante de Satanás. De acordo com os registos, a escocesa teria sido torturada enquanto esteve presa, mas, em vez de entregar outras pessoas, teria dito aos inquisitores que não poderia dar os nomes de outras "bruxas" porque elas usavam máscaras de mulheres nobres durante os rituais. Lilias apenas revelou a identidade de pessoas que já tinham sido delatadas anteriormente e encontrou várias formas de não incriminar mais inocentes até que finalmente foi condenada.
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