domingo, 26 de novembro de 2017

Conhece o castelo de Buda, onde o Drácula viveu num labirinto assustador

Se tu estiveres a pensar em visitar a capital da Hungria, Budapeste, existe um lugar que é obrigatório para todo o turista: o Castelo de Buda. Definido pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, ele era a moradia oficial dos reis daquele país. Além de museus, biblioteca, teatro e igreja, uma das partes mais interessantes fica escondida no subsolo: um enorme labirinto!

Com mais de 10 km de túneis, ele foi aberto no século 11 pela força da erosão. No passado, ele já serviu como adega, abrigo de guerra e esconderijo de armas. Entretanto, outra lenda que existe em torno da construção é ainda mais curiosa. Nesse labirinto, existe a "Câmara do Drácula".


Histórias e lendas macabras

Perto da entrada do labirinto, existia um harém turco. A sua comprovação deu-se através da descoberta de inúmeras ossadas femininas, que datam do período da ocupação da Hungria pelo exército otomano, lá pelos anos de 1300. Segundo a história, as mulheres teriam sido atiradas para poços quando o império tomou posse do castelo e expulsou os turcos de lá.

Porém, uma lenda mais macabra ronda essa história. Ela fala que o Pasha do Castelo de Buda (uma espécie de cavaleiro que fazia parte da realeza turca) teria ficado enjoado das mulheres e mandado emparedá-las vivas!

Essa utilidade sombria teria transformado o labirinto numa enorme câmara de tortura, servindo, inclusive, como moradia para Vlad Tepes, no século 15. Sim, o próprio Conde Drácula em pessoa! A sua função, na época, era agir como um protetor do cristianismo na Europa, que continuava a ser invadida pelo Império Otomano. Temendo ser perseguido, ele saiu da Roménia e foi pedir abrigo ao rei da Hungria.



Drácula prisioneiro

Vlad Tepes teria vivido no Castelo de Buda por 12 anos - a maior parte deles como prisioneiro, depois de o rei húngaro Matias fazer um acordo com os invasores otomanos e traiu o seu ex-aliado. Não se sabe, entretanto, se ele foi torturado nesse calabouço. Porém, é conhecido que ele próprio só passou a praticar os seus atos hediondos, como o de empalar pessoas, depois do período em que ficou confinado no labirinto.

Algumas versões dessa lenda dizem que o corpo de Vlad foi enterrado no local, após a sua morte, provavelmente em 1476. Também é falado que a sua cabeça foi levada para Constantinopla e exposta empalada em praça pública. Isso, porém, parece ser apenas uma história para aumentar o medo dos turistas.

Já a versão oficial diz que o seu corpo foi enterrado numa ilha perto de Bucareste, capital da Roménia. Porém, quando o seu suposto túmulo foi localizado por arqueólogos, nenhuma ossada humana foi encontrada - apenas restos de ossos de alguns animais.



Passeio assustador

Um fantasma apelidado de Conde Negro teria assombrado o labirinto durante o século 19. Será que se trata do espírito do Drácula? Atualmente, o local foi re-aberto a visitas depois de passar alguns anos fechado. E, é claro, andar pelos corredores escuros requer uma boa dose de coragem.

O passeio é feito justamente para aterrorizar os visitantes e fazê-los ter uma experiência inesquecível. Os grupos recebem apenas uma lanterna para se locomover pelo local, que fica completamente escuro a partir das 18h. Gritos e uma trilha sonora sinistra deixam o passeio ainda mais sombriop.
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