sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Twitter encerrou 235.000 contas que incentivavam o terrorismo

A rede social norte-americana Twitter anunciou hoje ter suspendido 235.000 contas nos últimos seis meses, no âmbito da sua política de combate a publicações que façam a  apologia do terrorismo.

Estas suspensões, somadas às que foram anunciadas em fevereiro, quando o Twitter forneceu pela primeira vez números, elevam para 360.000 o número total de contas com conteúdos terroristas apagadas desde meados de 2015 e estão a ajudar "a obter resultados significativos" na redução desse tipo de atividade na rede social, de acordo co a empresa sediada em San Francisco, Califórnia.

O Twitter tem sido pressionado no sentido de encontrar um equilíbrio entre proteger a liberdade de expressão no serviço e não fornecer uma tribuna para os grupos terroristas difundirem mensagens de violência e recrutarem pessoas para as suas causas.

Os mais recentes encerramentos de contas ocorreram desde fevereiro deste ano, quando a rede social comunicou que tinha apagado 125.000 contas por violarem as regras sobre ameaças violentas e promoção do terrorismo.

"Desde esse anúncio, o mundo testemunhou uma onda ainda maior de sangrentos e abjetos ataques terroristas em todo o globo", escreveu o Twitter num post publicado no seu blogue.

"Condenamos veementemente tais atos e continuamos empenhados em eliminar a promoção da violência e do terrorismo na nossa plataforma", lê-se no texto.

O número diário de suspensões de contas aumentou mais de 80% desde o ano passado e atinge níveis máximos imediatamente após a ocorrência de atentados terroristas, segundo a rede sociail, que refere estar a tornar-se mais rápida a identificar conteúdos terroristas e a encerrar as contas envolvidas, o que resulta numa queda acentuada do número de seguidores que atraem enquanto estão ativas.

Têm também sido tomadas medidas para tornar mais difícil o regresso imediato ao Twitter de pessoas responsáveis por contas que tenham sido apagadas, e as equipas que analisam queixas de suspeitas de conteúdos terroristas foram alargadas, indicou a empresa norte-americana.
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