É uma pergunta sensível, mas pelos quatro cantos da Terra, há pais e especialistas financeiros e económicos a fazê-la: Contas feitas, sai mais barato ter um filho, ou uma filha? A resposta não é fácil de encontrar, nem unânime.
Da Europa à América do Norte, passando pela Ásia, os estudos sobre o tema da diferença de custos entre os rapazes e raparigas repetem-se, e as conclusões são para todos os gostos. Apesar da maioria dos trabalhos apontar para um custo ligeiramente maior com as raparigas, a verdade é que a diferença está longe de gerar consenso e é mesmo contrariada por dezenas de investigações.
Para tentar esclarecer o tema, o site MoneyTips juntou-se ao MarketWatch e divulgou um trabalho feito com base nos Estados Unidos que parece mostrar novamente o maior peso das mulheres no bolso dos pais. A grande diferença está nos produtos específicos para cada sexo.
Além da maquilhagem, os produtos usados por rapazes e raparigas são quase sempre mais caros na versão feminina: os cortes de cabelo e a roupa desequilibram os pratos da balança, mas são os produtos cor de rosa que acabam por trazer maiores penalizações. Por isso mesmo, os especialistas recomendam que os pais comprem brinquedos, roupas e outros acessórios para as crianças de cores neutras, que permitem a utilização por filhos e filhas e são quase sempre mais baratos.
Apesar da aparente desvantagem, o estudo conjunto do MoneyTips e Marketwatch mostra que os rapazes também têm desvantagens financeiras: geralmente gastam dinheiro a praticar desportos mais caros, precisam de uma mesada maior para ir a jogos de futebol e outros eventos deportivos e vão ficando mais caros para os pais com o avançar da idade. É também mais provável que os rapazes voltem a casa depois de saírem e a parit dos 18 anos, custam mais aos pais do que as raparigas.
Independentemente do género, ter filhos é um gasto como nenhum outro. O Centre of Economics and Business Research do Reino Unido calcula que o custo médio de criar um filho na Europa até aos 21 anos seja de 283 mil euros; o governo norte-americano calcula cerca de 220 mil euros, mas caso se junte a este valor os custos de uma educação superior o total pode chagar a cerca de 268 mil euros por descendente.
sábado, 26 de março de 2016
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