terça-feira, 1 de março de 2016

Descoberto capitão mumificado dentro de iate

Mandred Fritz Bajorat, de 59 anos, tentava fazer uma última chamada de socorro quando morreu, de causa ainda desconhecida. É o que indicam a forma como o seu corpo, em decomposição, foi encontrado e a investigação inicial ao iate, segundo noticia o Dailymail.

Não há evidências de uma segunda pessoa a bordo, nem foi encontrado nenhuma arma. Não foi ainda possível determinar há quanto tempo estará morto, nem exatamente qual foi a causa da morte. O que se sabe é que foram os ventos secos do mar, as temperaturas altas e o ar salgado que preservaram o corpo. E que este marinheiro navegou mais de meio milhão de milhas náuticas, ao longo de 20 anos.

Dentro da cabine, em grande parte submersa, foram encontrados álbuns de fotografias, roupas e latas de comida espalhadas por toda a parte. "A forma como está sentado indica que a sua morte foi inesperada, talvez por ataque cardíaco", diz o criminologista forense Mark Benecke.

Manfred, cuja identificação só foi possível graças a papelada encontrada a bordo do iate, deu sinais de vida pela última vez há cerca de um ano, na altura do seu aniversário, segundo revelou um amigo seu. O contacto foi feito via Facebook, onde publicava regularmente novidades sobre as viagens a bordo do seu iate de 12 metros. 

Relatos indicam que o último contacto físico com pessoas foi em 2009, mas as autoridades não acreditam que o iate tenha estado à deriva durante 7 anos. Sabe-se que, nesse mesmo ano, conheceu Dieter, um outro marinheiro, em Maiorca, Espanha. Sobre Mandred, disse "Era um marinheiro muito experiente. Não acredito que tenha navegado para o meio de uma tempestade. O mastro deve ter-se partido depois de Manfred já estar morto".

A polícia está a tentar recriar as suas viagens e descobrir quais as últimas pessoas com quem falou. A embaixada alemã em Manila, Filipinas, está a trabalhar com a polícia local para encontrar a sua família na Alemanha.
Acredita-se que tenha uma filha chamada Nina que trabalha como capitã de um navio de transportes de mercadoria.


Manfred, natural da região de Rurh, na Alemanha, detestava os invernos rigorosos da cidade natal e fugia para o mar em busca de climas mais quentes. Num certificado encontrado dentro do iate destroçado, pode ler-se que adotara o apelido "Tiger Shank" (Tubarão Tigre) em 2008 quando a bordo do cargueiro Hyundai Renaissance atravessou a linha do equador de Singapura a Durban, na África do Sul, um marco na vida de todos os marinheiros.  
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