domingo, 10 de abril de 2016

Tabaco na gravidez afeta genetica do bebé

Investigadores do Instituto Nacional de Ciência da Saúde Ambiental dos EUA acabam de revelar os resultados de um estudo que reforça os argumentos de que fumar na gravidez é altamente prejudicial para o bebé. Aqueles especialistas descobriram que o tabaco na gestação modifica as estruturas de ADN do feto e replica os padrões de mutação existentes nos fumadores adultos.
O trabalho, publicado no "American Journal of Human Genetics" avança assim com uma possível justificação para os laços entre o tabagismo da grávida e as futuras complicações de saúde nas crianças. Para o estudo, citado no portal "Alert", os investigadores analisaram mais de 6.600 recém-nascidos e respetivas mães. Com base em questionários, as mulheres foram categorizadas em " fumadoras contínuas ", tendo fumado diariamente durante a maior parte da gravidez (13%), " não-fumadoras" (62%) ou fumadoras ocasionais ou que tinham deixado de fumar no início da gravidez (25%).
Para realizarem a análise genética, os investigadores recolheram amostras, principalmente do sangue do cordão umbilical, após o parto. Para os recém-nascidos de mães consideradas "fumadoras contínuas", foram identificados 6.073 locais onde o ADN tinha sido quimicamente alterado. Cerca de metade destes locais podiam ser associados a um gene específico e foi constatado que esse conjunto de genes estava associado ao desenvolvimento dos pulmões e sistema nervoso, cancros relacionados com o fumo do tabaco, anomalias congênitas, como lábio leporino e fenda palatina, entre outros.
" Muitos sinais estavam associados a vias do desenvolvimento ", revelou, em comunicação de imprensa, uma das autoras do estudo, Bonnie Jouber. Verificou-se que muitas destas modificações no ADN ainda estavam presentes nas crianças mais velhas cujas mães tinham fumado durante a gravidez.
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