A criança tinha sinais de ter sido torturada e cicatrizes no corpo em forma de cruz. Autoridades receberam depois outras 20 denúncias.
Uma menina de 10 anos morreu esta quinta-feira, no Brasil, suspeita de ter sido envenenada com uma bebida que lhe terá sido dada durante um ritual de magia negra. São as próprias autoridades de Teresina, que investigam o caso, a avançar esta hipótese. Até poque desde que a condição da criança foi conhecida chegaram à assistência social outros 20 casos com descrições semelhantes.
A criança dera entrada no Hospital de Teresina há duas semanas, em coma profundo, com a cabeça raspada e várias lesões no corpo, muitas delas cicatrizes em forma de cruz, escreve o jornal Folha de São Paulo.
Segundo o Conselho Tutelar (equivalente à Comissão de Proteção de Menores) daquela cidade, a menor teria participado num "ritual de purificação" num descampado perto de Flor do Campo, uma zona rural no Maranhão.
O diretor do hospital, Gilberto Albuquerque, citado pelo referido jornal, afirmou que a rapariga apresentava sinais de intoxicação e envenenamento, estava subnutrida e com insuficiência renal. Acabou por morrer de falência múltipla de órgãos.
O corpo será autopsiado para apurar de forma mais rigorosa a causa da morte. No entanto, uma assistente social de Teresina, Socorro Arraes, que falou com a mãe da menina, disse que esta bebeu uma "garrafada": uma mistura que supostamente é um remédio caseiro. A substância está ainda a ser analisada.
"O relato da mãe é que a menina participou de ritual de purificação e teria pago 500 reais (cerca de 126 euros) para curar a filha de uma asma. Ela teria dado [a beber] um lambedor, uma espécie de garrafada, com folha de manga e açúcar", descreveu Arraes.
Há ainda a possibilidade, a ser investigada, de a menor ter sido vítima de abusos sexuais.
A assistência social local faliu ainda com um casal de irmãos, de 8 e 10 anos, que terão passado pelos mesmos rituais da menina morta. "As crianças esyavam com medo de ficarem igual à menina no hospital em coma", disse Socorro Arraes. "Elas relataram que ficaram sete dias deitadas numa esteira de palha, levantando apenas para ir ao banheiro. Além disso, elas levavam chicotadas nos ombros e nos pés", acrescentou.
Todas as crianças frequentavam o mesmo centro religioso e algumas a mesma escola.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
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