sexta-feira, 15 de abril de 2016

Tentar ou não tentar... eis a questão?

"Uma das palavras que ouço com frequência no dia a dia é a palavra tentar. Ouvimo-la em toda a parte, na rua, nos cafés, na televisão, no desporto. E assim sendo está tudo bem. Ou não... Por Sérgio Oliveira."

"Uma das palavras que ouço com frequência no dia a dia é a palavra tentar. Ouvimo-la em toda a parte, na rua, nos cafés, na televisão, no desporto. E assim sendo está tudo bem. Ou não...

Uma das cisas que aprendi enquanto aprendiz de programação Neuro Linguística é o poder que as palavras que usamos têm na forma como vivemos a nossa vida. Há uma frase do escritor George Orwell que relembro com frequência e que diz algo como 'Se o pensamento pode influenciar a linguagem, a linguagem também pode influenciar o pensamento'. Que quer isto dizer? Bom, entre outras coisas, quer dizer que aquilo que eu digo, seja em voz alta, seja principalmente para mim próprio, vai influenciar decisivamente a forma como penso e a forma como penso influencia a forma como ajo.

Quando os fundadores da PNL começam a modelar pessoas bem-sucedidas no que faziam, um dos aspetos que notaram de imediato foi que estas pessoas tinham uma forma de comunicar consigo mesmas altamente positiva e assertiva. Eles perceberam que estas pessoas raramente, ou nunca, diziam para eles próprias 'vou tentar concluir o meu trabalho', ou 'vou tentar ajudar esta pessoa'. Elas diziam coisas como 'vou concluir o meu trabalho hoje' ou 'vou fazer tudo o que sei para ajudar esta pessoa agora' e por aí adiante. Qual a diferença? Para muitas pessoas, fruto de anos e anos de programação, a diferença e nenhuma, pois já nem se dão conta do peso que palavras como esta têm no seu inconsciente e justificar-se-ão dizendo algo como 'Eu disse que vou tentar e por isso vou tentar', desconhecendo ou não sequer contemplando que tentar pressupõe conseguir ou não conseguir.

Se considerarmos que muitos dos que usam esta palavra com frequência têm também várias crenças limitadoras acerca do mudno e da sua vida, o caso fica ainda mais complicado, pois quando dizem tentar, na verdade, estão a dizer que não vão sequer começar.

Já experimentaste apanhar uma caneta do chão? Experimenta. Não é possível. Ou faz ou não faz. E o que lhe digo é que só fará o que realmente se dispuser a fazer. E, neste caso, como em todos os outros, a sua palavra tornase lei na sua vida. Por isso, o que diz que vai tentar fazer é provável que não passe disso. Já aquilo que afirmas peremptoriamente que vais fazer o mais provável é que o faças. E pode até não conseguir à primeira, mas se escolher retirar aprendizagens do processo o mais prvável é que da próxima consiga ou pelo menos fique mai spróximo de conseguir.

No desporto, ouvimos muitas vezes 'Vamos tentar ganhar o jogo'. Seja por uma questão de querer ser politicamente correto, ou por outro motivo qualquer, a verdade é quando ouço isto acabo por concluir que raramente ganham...

Ainda por falar em desporto e concretamente no futebol, lembro-me de há uns anos quando José Mourinho (dizem que também estudo PNL) chegou a treinador do FC Porto e disse na primeira conferência de imprensa algo como 'Para o ano vamos ser campeões'. E sem surpresa, foram. Repare que ele não disse 'vamos tentar ser campeões«, ele afirmou com a convicção que o caracteriza 'Para o ano vamos ser campeões'. E foi! Não sem antes ter sido alvo de críticas vindas de várias frentes que reclamavam a falta de humildade e outro blá, blá. Os arautos da humildade por aí continuam, já ele chegou onde chegou com total mérito. Furto das suas capacidades e certamente a linguagem que utilzia em muito contribuiu e contribui para o seu sucesso.

É bem provável que ao ler o artigo dê por si a pensar 'Ok então vou tentar fazer como ele sugere'. Fico contente por si e, nesse caso, faça oq ue eu sugiro. Diga o que realmente quer e FAÇA!

Até já." 
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