Como perder gordura abdominal? Esta é uma das dúvidas mais frequentes e para a qual existem as mais diferentes respostas. O facto é que a perda de gordura abdominal costuma ocorrer por uma combinação de factores.
Por isso, entrevistamos uma nutricionista, uma educadora física, uma média especialista em estética e um cirurgião plástico para apontar quais os principais métodos para perder agordura abdominal nas suas áreas de atuação.
Alimentação para perder gordura abdominal: A alimentação é um factor essencial para a perda de gordura abdominal. Primeiro, algumas mudanças simples nos hábitos alimentares já fazem toda a diferença. Procura fracionar as tuas refeições, consumindo o pequeno-almoço, almoço, jantar e lanches da manhã, tarde e noite. "Quando o indivíduo fraciona mais as refeições, ele deixa de comer em grandes quantidades e acelera o metabolismo, auxiliando assim na queima de gordura abdominal", exploca a nutricionista Karina Valentin, da Patricia Betolucci Consultoria.
Outra mudança muito importante envolve beber água com maior frequência. A ingestão de água auxilia na regulação do organismo uma vez que que é essencial para o funcionamento diário do intestino, eliminação de toxinas e excesso de eletrólitos pela urina e transpiração. "Esse balanço diário poide auxiliar na perda de peso do indivíduo", destaca Karina Valentim.
Procura sempre ter uma alimentação balanceada. "É essencial não só para a queima de gordura abdominal, mas também fornece energia ao indivíduo, principalmente para aqueles que vivem a reclamar do cansaço, fadiga ao final do dia e não conseguem realizar exercícios físicos", observa Karina Valentim.
Alimentos que ajudam na perda de gordura abdominal: Ter uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras, carnes magras e grãos integrais, já contribui imensamente para a perda de gordura abdominal. Porém, alguns alimentos são especialmente eficazes na queima de gordura, vê quais são eles:
Alimentos ricos em ômega 3: Alimentos ricos em ômega 3 atual indiretamente na queim ade gordura. Sardinha, atum, salmão e arenque são os peixes mais ricos em ômega 3. "Esta gordura insaturada é responsável por diminuir as citocinas inflamatórias, presente em casos de excesso de peso e gordura abdominal localizada. Então podemos fizer que o ômega 3 é responsável pelo efeito anti-inflamatório e isso auxiliaria na redução de gordura abdominal", conta Karina Valentim.
Além disso, alguns estudos sugerem que o ômega 3, quando consumido por pessoas acima do peso teria um efeito positivo na saciedade. Recomenda-se a ingestão destes tipos de peixes de 2 a 3 vezes na semana de preferência assados, cozidos ou grelhados em pouca gordura.
Chá verde: O chá verde possui ação termogênica, ou seja, contribui para uma queima de calorias mais intensa. Isto ocorre porque ele é rico em cafeína. "Estudos comprovam a ação lipolítica do chá verde, uma vez que o seu consumo associado a prática de atividade física aumentaria a oxidação de gorduras", diz Karina Valentim. A orientação é ingerir cerca de 3 xícaras de chá verde. "Porém, a sua indicação e utilização deve ser avaliada, uma vez que indivíduos com problemas gástricos e sensíveis a cafeína, podem ter problemas", alerta Karina Valentim.
Chá de hibisco: Uma pesquisa publicada no Journal of Ethnopharmacology da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia conclui que o chá de hibisco é capaz de reduzir a adipogênese, processo em que as células amadurecem e tornam-se capazes de acumular gordura. Ao diminuir este processo, o chá de hibisco contribui para que menos gordura fique acumulada na região do abdómen e nos quadris. Ainda não está claro qual é a substância presente na bebida que é responsável pelo benefício. Porém, acredita-se que a ação antioxidantes dos flavonoides antocianina e quercetina contribuem para reduzir o depósito de gordura.
Pimentas: As
pimentas contém um composto chamado capsaicina. "Este ativo age na
liberação de endorfinas, substâncias que promovem o bem-estar, além de
liberarem catecolaminas, neurotransmissores responsáveis pela diminuição
do apetite, podendo ser utilizada por quem quer perder gordura
localizada e reduzir a fome intensa", orienta Karina Valentim.
Estudos
mostram que administração de capsaicina estimula a atividade do sistema
nervoso simpático, aumentando a mobilização de lipídios do tecido
adiposo. E incluir 0,9g de pimenta vermelha nas principais refeições já
apresenta benefícios para a saúde. O alimento pode pode ser consumido
cru ou em pratos quentes.
Gengibre:
Pesquisas mostram que o gengibre também está ligado ao aumento da
termogênese. "O gingerol, composto principal, exerce funções
antioxidantes, antifúngicas, anti-inflamatórias, inibe a agregação das
plaquetas evitando o aparecimento de trombos", observa Karina Valentim.
O
consumo deste condimento é indicado também em processos de inflamação,
como no caso da obesidade e gordura localizada. Contudo, é importante
ter cautela no seu uso, altas concentrações de gengibre podem provocar
efeitos indesejáveis como aumento do fluxo sanguíneo, aborto em
gestantes, gastrites, úlceras e pirose.
A
quantidade indicada de gengibre são duas fatias pequenas por dia. Isto é
o suficiente para se ter o efeito termogênico durante o dia. Pode ser
consumido cru ou refogado, usando-o em saladas, molhos, refogados com
legumes, batido com sucos e até suchás.
Canela: A
canela possui ação termogênica quando introduzida na alimentação
aumentando o gasto calórico do organismo durante a digestão e o processo
metabólico, além disso possui ação anti-inflamatória, importante para
indivíduos que apresentam excesso de peso (inflamação crônica). A canela
ainda possui boas quantidades de cromo, nutriente responsável pela
melhora da sensibilidade à insulina e no controle da glicemia sanguínea.
Pode ser usada em frutas (banana assada), vitaminas e também em
preparações quentes, pois seus componentes não são destruídos pelo
calor. Também ajuda na compulsão por doces (porção indicada: 1 a 2
colheres de chá ao dia).
Alimentos que favorecem o acúmulo de gordura
Alimentos com gordura trans: Este
tipo de gordura pode ser encontrada em alguns biscoitos, sorvetes,
bolos industrializados, entre outros. A indústria utiliza a gordura
trans para dar mais palatabilidade e duração de prateleira aos
alimentos. Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)
de que o consumo máximo de gordura trans não ultrapasse 1% do valor
energético total diário, na dieta ocidental estes valores representam
2,6%. "Esse tipo de gordura aumenta o LDL colesterol (considerado em
excesso ruim para o organismo) e diminui o HDL (?colesterol bom?). Além
disso, agem também aumentando os triglicerídeos (gordura localizada) que
pode ser armazenado no tecido adiposo", diz Karina Valentim.
Carboidratos simples:
Os alimentos ricos em carboidratos simples possuem alto índice
glicêmico, como aqueles ricos em açúcares, refrigerantes, doces e
outros, e os que contam com muita farinha branca, como pão francês,
massas e outros. "A digestão desses alimentos acontece rapidamente
elevando os níveis do hormônio anabólico, insulina, que por consequência
acaba transformando o excesso de glicose sanguínea em triacilglicerol e
armazenando no tecido adiposo", diz Karina Valentim.
Alimentos ricos em gorduras saturadas:
O consumo de gorduras saturadas também pode estar relacionado ao
acumulo de gordura abdominal, risco de excesso de peso e doenças
cardíacas. A ingestão de gorduras suturadas na dieta não deve
ultrapassar 10% do valor energético total do dia, devendo dar
preferência ao consumo de gorduras insaturadas, presente em peixes,
oleaginosas (nozes, castanhas) e no azeite de oliva. Os alimentos com
grandes quantidades de gorduras saturadas são: carnes vermelhas, leite
integral, manteiga e queijos.
Bebidas alcoólicas: O
álcool é uma substância tóxica para o organismo e o fígado dá
preferência para metaboliza-lo primeiro. Essa mudança no metabolismo do
fígado favorece o acúmulo de gordura no organismo. Além do que o excesso
de álcool poder causar outros prejuízos à saúde.
Exercícios que queimam a gordura abdominal
Para
conseguir queimar gordura abdominal a recomendação é praticar
atividades aeróbicas, mesclando diferentes intensidades. "Exemplos bons
são os treinos em circuito, caminhar e correr na mesma sessão de treino,
nadar com intensidades diferentes e pedalar em terrenos diferentes com
aclives e declives", orienta a educadora física Fernanda Andrade.
Para
a melhor definição do abdômen, uma boa combinação é entre exercícios
aeróbicos e abdominais. Os exercícios de musculação não devem ser
deixados para trás."Todos os exercícios de musculação são ótimos. Os
treinos em circuito na musculação ajudam muito", orienta Fernanda
Andrade.
Tratamentos estéticos
Alguns
tratamentos estéticos contribuem para a queima de gordura abdominal.
Porém, antes de realizá-los é essencial ter alguns cuidados. "Todos os
tratamentos devem ter indicação médica, pois o histórico clinico de cada
pessoa pode contraindicar uma ou outra técnica", explica a
cirurgiã-geral Joana d'Arc Diniz, pós-graduada em Medicina Estética e
tricologia e diretora científica da Sociedade Brasileira de Medicina
Estética (Regional Rio).
A
quantidade de gordura também é fundamental para indicarmos o tratamento
mais adequado. Para algumas técnicas pode ser contraindicada a exposição
solar imediatamente após o tratamento. A atividade física é sempre
bem-vinda após qualquer tratamento que vise diminuir teor de gordura.
"Porém, em alguns tratamentos preferimos deixá-la para o dia seguinte a
sessão. A ingestão de líquidos, água principalmente, está recomendada a
fim de melhorar a drenagem", afirma Joana d'Arc Diniz. A seguir confira
quais os principais tratamentos estéticos:
Criolipíolise: A criolipólise
é um tratamento para gordura localizada que utiliza baixas temperaturas
sobre a área de gordura, causando um congelamento das células
gordurosas e assim o corpo entende que as células resfriadas não fazem
mais parte do organismo e as elimina. "O aparelho é colocado na
superfície da pele, fazendo as células de gordura serem congeladas",
explica Joana d'Arc Diniz.
Ultrassom: O
ultrassom são ondas que promovem um efeito vibracional sobre as células
gordurosas, fazendo com a parede do adipócito se desestabilize e sofra
rupturas, com consequente extravasamento do conteúdo, para que ele seja
eliminado. "A esse fenômeno chamamos cavitação. O ultrassom para
auxiliar no tratamento da gordura necessita de frequência especifica
para atingir o tecido gorduroso", explica Joana d'Arc Diniz.
Carboxiterapia: A
injeção de gás carbônico medicinal promove um aumento da acidez no meio
( pH ) e isso desestabiliza as membranas das células gordurosas
facilitando a mobilização de gordura e consequente eliminação. "Outro
meio de ação é através da vasodilatação que o gás promove e isso faz com
que aumente o aporte de nutrientes para os tecidos, além de melhorar a
drenagem da gordura, já que melhora a microcirculação no local", conta
Joana d'Arc Diniz.
Lipocavitação: Este
tratamento é realizado através de um aparelho que promove aquecimento
intenso do tecido gorduroso, fazendo com que as células gordurosas se
desestabilizem e sofram ruptura de suas membranas. "Com isso, o conteúdo
é extravasado e drenado do local", afirma Joana d'Arc Diniz.
Infiltração: Envolve
colocar nos tecidos medicamentos que promovem a queima de gorduras, os
lipolíticos. "Temos no mercado uma gama de medicamentos para esse fim
que ajudam no tratamento da gordura localizada, sendo indicados em
sessões semanais ou quinzenais, após avaliação médica", observa Joana
d'Arc Diniz.
Procedimentos cirúrgicos
Lipoaspiração:
A lipoaspiração é indicada quando a pessoa se encontra no seu peso
ideal, ou próximo à ele, e cuja gordura localizada, no caso a abdominal,
não consegue ser eliminada através de atividades físicas ou por meio de
uma dieta alimentar balanceada. "O objetivo da cirurgia é remodelar o
contorno corporal, isto é, aspirar à gordura localizada de determinada
região. É importante salientar que a lipoaspiração não trata obesidade
e, sim gordura localizada", destaca o cirurgião plástico André Eyler,
membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American
Society of Plastic Surgeons.
Saiba
que segundo o Conselho Federal de Medicina a quantidade de gordura que
será lipoaspirada não deve ultrapassar 7% do peso corpóreo do paciente.
Em uma pessoa de 70 quilos, isto seria cerca de 5 litros de gordura.
"No entanto, na prática, geralmente se retira um pouco mais de três
litros de gordura. O exagero na remoção pode debilitar o organismo
porque junto com a gordura há também sucção de sangue", alerta André
Eyler.
HLPA:
Esta técnica associa dois métodos já consagrados no mercado, que são a
lipoaspiração com micro-cânulas e a hidrolipoclasia ultrassônica. Este
último procedimento também é chamado de hidrolipoclasia aspirativa ou
lipoaspiração sob anestesia local. "A HLPA é uma opção bastante segura
de tratamento para gordura localizada, por combinar a técnica
infiltrativa e a utilização de ultrassom estético. Sua principal
recomendação é a retirada de pequenos volumes de distintas regiões do
corpo, inclusive, o abdômen", afirma André Eyler. A média de remoção de
gordura e de até 1500 ml por região do corpo.
sábado, 5 de março de 2016
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